sábado, 27 de fevereiro de 2010

TENHA O HÁBITO DE CONVERSAR

Desde a barriga, os pais podem conversar com a criança. Manter um diálogo, mesmo com poucas palavras, cria intimidade e confiança – essenciais para que a criança se sinta segura, o que se refletirá em todas as situações da vida futura, seja no vestibular ou na busca por um emprego. O diálogo deve ser adequado à idade: quando os filhos são pequenos, os pais precisam se abaixar e ficar no nível dos olhos da criança. O repertório deve ser curto, mas compreensível, porque nesta fase ela pode perder a atenção caso a conversa se prolongue demais. Também não deixe de elogiar seu filho pelos pequenos atos e conquistas.

Zero Hora – Caderno Meu Filho – 18/05/2009

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

ESTIMULANDO A LEITURA E A ESCRITA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

“(...)O trabalho de estimulação e prevenção de alterações na escrita e na leitura hoje é um dos caminhos a ser trilhado por familiares, cuidadores e professores de crianças na educação infantil. Os pais devem dar continuidade em casa aos estímulos disponibilizados pela escola. É importante investir em atividades em casa e na escola que desenvolvam a fala, estimulem os aspectos cognitivos e a linguagem propriamente dita junto com o hábito de leitura e da escrita(...)”
Fonte: Revista Pátio, jul/out-2009, Gabriele Donicht

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

DICA - SEXUALIDADE

Uma dica de um material muito bom para trabalhar sexualidade com crianças e adolescentes:

www.seminaeducativa.com.br

(O blog dessa empresa é muito interessante, com textos de apoio ótimos!)

O BRINCAR


1) Estimula os sentidos – os primeiros anos de vida são os mais importantes para estimular os sentidos e a curiosidade da criança.  O brinquedo desempenha um papel importante neste processo porque é um acessório da aprendizagem dos bebês. A partir do contato com estes objetos, os pequenos estabelecerão relações com o mundo.
2) Tem funções para o desenvolvimento – Na infância, o brinquedo desenvolve diversas áreas do conhecimento, como a linguagem oral, o movimento, as relações socioafetivas, entre outras. A criança entra em contato com objetos e com outras pessoas, desenvolve a afetividade, explora o corpo dela e do outro, o espaço físico. Também há o desenvolvimento da identidade, estimulando muito a linguagem e permitindo que faça o exercício do movimento.
3) Precisa de espaço adequado – O mais importante para desenvolver o brincar é o espaço físico. Espaços amplos e que não representam perigos, com piso adequado e muitos estímulos visuais ajudam. Também é essencial boa vontade e comprometimento do adulto e da escola. 
4) Tudo pode se transformar – Alguns objetos podem se transformar em brinquedos de grande desenvolvimento para as crianças, como as caixas – algumas vazadas, texturizadas -, garrafas com água colorida, com papéis coloridos ou com sons, pequenas escadas de madeira, bolas, almofadas, instrumentos musicais, potes de diversos tamanhos e formas com tampas, bonecas, rolinhos de espuma, livros de pano ou capa dura, entre outros. No teto é possível colocar móbiles com fotos, gravuras CDs antigos, bambolês, entre outros.
5) Objetos ajudam nas descobertas – Ao brincar deixamos para trás a ideia de que “com bebês não temos muito o que se fazer”. Na verdade, eles começam a descobrir o mundo por cheiros, gostos, formas, cores, texturas, sons e pelas trocas com o outro. Depois é que eles organizam as informações recebidas. É importante uma boa observação do brincar livre, para que depois o adulto possa fazer interferências na hora da brincadeira, de manusear os objetos, ouvir aquelas gostosas risadas, e ser feliz com o seu pequeno.

Fonte: Zero Hora – Caderno Meu Filho – 30/03/2009




domingo, 21 de fevereiro de 2010

A CRIANÇA QUER CHUPETA, E AGORA?

Um hábito prazeroso que pode transformar-se em prejudicial


Ceres Händel Trojan – Odontopediatra
Robianca Munaretti – Fonoaudióloga

No primeiro ano de vida, a boca é a região mais importante do corpo e a sucção uma resposta natural da própria espécie. A sucção fisiológica é normal e importante, tanto para fins alimentares quanto para o desenvolvimento craniofacial. Muitos bebês começam com este hábito muito cedo, já na vida intra-uterina, chupando o dedo.
O aleitamento materno tem um papel importante na sucção até a época de erupção dos primeiros dentes decíduos (de leite), estimulando o desenvolvimento favorável da arcada dentária superior e do palato. Algumas crianças utilizam a chupeta logo após o nascimento, o que proporciona prazer, acalma em situações de desconforto, podendo ser usada também para adormecer o bebê. Para que este hábito não traga maiores danos, o bico deve ter formato ortodôntico, isto é, anatômico, adaptando-se perfeitamente a cavidade bucal da criança, ajustando-se ao palato e a língua acompanhando o movimento de sucção. O disco de plástico deve ter um formato côncavo com perfurações para evitar o acúmulo de saliva e conseqüente irritação da pele. Não deve ter argola para que a mãe não possa prender um cordão, fralda ou corrente (para não haver risco de estrangulamento ou de aumento do peso da chupeta). Também deve ser observado os tamanhos existentes, pois eles devem acompanhar o desenvolvimento craniofacial da criança.
Este desenvolvimento depende de um equilíbrio harmonioso entre todas as funções que o circundam. Qualquer alteração neste equilíbrio pode ocasionar, junto com outros fatores, uma maloclusão, principalmente quando este desequilíbrio se estabelece através de mau hábito bucal.
Os maus hábitos estão relacionados com as funções de respiração, mastigação, deglutição, sucção, fala. Quando uma dessas funções está alterada, todas as demais sofrem desvios.
Além da maloclusão, evidenciam-se principalmente, a presença da deglutição atípica e a posição incorreta da língua na fala. A fala pode sofrer prejuízos quando existe mordida aberta anterior, onde os fonemas /t/, /d/, /n/, /e/, /l/ são produzidos com alterações.
A retirada da chupeta deve acontecer por volta dos dois anos, de maneira tranqüila, gradual, com muito diálogo e combinações. Situações como momentos de estresse, mudanças na família, início do ano escolar, a chegada de um novo bebê ou um divórcio, poderão não ser apropriados para iniciar o processo. Muitos pais podem se sentir culpados ou fracassados ao lidarem com os hábitos dos filhos, pois a criação que deram a eles podem ter contribuído para a instalação deste hábito indesejável, assim procuram avidamente um remédio que possa cessar este período.
Quando a criança que faz uso de chupeta freqüenta Escolas de Educação Infantil, é necessário um trabalho conjunto e efetivo, com educadores e as famílias para que este momento não se torne algo ruim e traumático no seu desenvolvimento.

Cordão Umbilical

 Li este texto e achei fantástico, mesmo não sendo mãe, mas trabalhando com crianças pequenas e vendo, a cada dia, situações de separação desta relação singular, imagino e por vezes sinto, o quão doloroso (e necessário) há de ser!

Vale a pena ler!!!!



Texto: Gabriela Mazza
http://adoromelancia.blogspot.com/


Discordo dessa visão histórica de que as mulheres precisam lutar pela igualdade. Pelo simples motivo de que homens e mulheres jamais serão iguais, em todos aspectos. Cada gênero tem suas particularidades, exatamente como o azeite e o vinagre. Juntos dão o tempero exato para a salada. Mas uma coisa faz de nós mulheres verdadeiras privilegiadas: a maternidade. A barriga crescendo, o corpo mudando, um ser dentro da gente, se formando. Por mais cotidiano que seja se falar em gravidez, quando acontece com a gente não há como não se emocionar. É um milagre, a ciência que me perdoe.
O cordão umbilical é um laço que a vida jamais consegue cortar. As mães que perderam seus filhos sabem o quanto. As que diariamente acordam, alimentam, vestem e mimam seus rebentos também. Nesse kit singular de que fomos abençoadas, ainda tem a amamentação e a intuição, aquele sentimento que não sabemos explicar e que o mundo batizou de “instinto materno”. Escrevo tudo isso para dizer que meu coração anda apertado nos últimos dias. É uma bobagem, coisa de mãe babona, sei lá. Não é por nada ruim, a Sofia está ótima, há meses sem nenhuma intercorrência, feliz e saudável. Mas na semana que vem finalmente vai para o colégio. Depois de quatro anos debaixo das nossas asas, vai dar seu primeiro passo no mundo coletivo. Vai pisar no universo regido por diferentes modos, gostos e filosofias de vida. Provar refrigerante, comer chiclete, ouvir gente que fala palavrão. Mas sei também que vai descobrir o convívio dos amigos, aprender o mundo das letras e construir o seu mundinho de sonhos. Nesses quatro anos de vida, procuramos mostrar a ela o quanto essa vida vale a pena.
Daqui para frente sei que será um piscar de olhos até a faculdade. Meu peito se enche de angústia e felicidade, se é possível que estes sentimentos antagônicos possam ser companheiros. Me arrepia ter a certeza de que a partir da próxima segunda-feira o tempo vai voar. Minha “minhoca” vai vestir o uniforme do “pré” e pisar o mundo cheia de autonomia. Sei que vai ser muito feliz. Que essa luz que ilumina nosso cotidiano vai irradiar por outros pagos também.
Estou feliz e triste. Mas me vem na memória o texto de um quadro que tinha no corredor da charqueada que nasci e cresci. Era o famoso poema do Kalil Gibran, que durante minha infância li e reli milhares de vezes, sem compreender. Hoje penso na profundidade daquelas frases e me apego a elas para amenizar meus medos. Desejo com todo meu amor que o mundo trate minha amada filha com carinho e que ela siga tendo a certeza de que essa vida é maravilhosa.
P.S.: E quando menos a gente imaginar, ela vai trazer aquele cabeludo, todo tatuado, para apresentar à família. Socorro!!!!
“Seus filhos não são seus filhos.
São os filhos e filhas da vida, desejando a si mesma.
Eles vêm através de vocês, mas não de vocês. E embora estejam com vocês, não lhes pertencem.
Vocês podem lhes dar amor, mas não seus pensamentos, pois eles têm seus próprios pensamentos.
Vocês podem abrigar seus corpos, mas não suas almas, pois suas almas vivem na casa do amanhã, que vocês não podem visitar, nem mesmo em seus sonhos.
Vocês podem lutar para ser como eles, mas não procurem torná-los iguais a vocês. Pois a vida não volta para trás, nem espera pelo passado.
Vocês são o arco de onde seus filhos são lançados como flechas vivas. O arqueiro vê o alvo no caminho do infinito, e Ele curva vocês com Seu poder, para que suas flechas possam ir longe e rápido. Deixem que o seu curvar-se na mão do arqueiro seja pela alegria: Pois mesmo enquanto ama a flecha que voa, Ele também ama o arco que é firme.” Kalil Gibran

TODO ENCANTAMENTO DE COMEÇAR A FALAR


Quando vemos uma criança esboçando seus primeiros sons da fala, não temos como não parar, prestar atenção, abrir um sorriso e achar mágico este momento que ela está vivenciando.
O processo de aquisição da fala e da linguagem é algo que deve ser muito estimulado e trabalhado em casa e também nas Escolas de Educação Infantil.
A capacidade de adquirir linguagem é específica do ser humano. É por meio dela que são ampliadas noções de tempo e espaço, desenvolvendo sua capacidade de raciocínio, sendo capaz de planejar ações, avaliá-las e realizá-las. É a capacidade que o indivíduo tem de se comunicar e estruturar idéias. A linguagem é vital para as crianças aprenderem a resolver problemas e pensar logicamente.
O desenvolvimento da linguagem e da fala esta intimamente ligado, mas caminha separadamente. A linguagem é o aspecto mais amplo, é a capacidade de se comunicar, de compreender e ser compreendido. A fala é a forma como expressamos a linguagem, como transmitimos nossas idéias.
Em nosso organismo não existe um aparelho próprio para a produção da fala, mas a junção do trabalho de órgãos de diferentes aparelhos o constituem. Os órgãos responsáveis por esta produção são: pulmão, traquéia, laringe, cavidades nasal e bucal. Dentro da laringe encontram-se as pregas vocais que são responsáveis pela produção do som. Existem também os órgãos fonoarticulatórios, responsáveis pela modificação na corrente aérea expiratória e determinam os diferentes sons – vogais e consoantes. São eles: lábios, bochechas, véu palatino e língua.
O início da comunicação humana da-se no choro instintivo do bebê, quando precisa que suas necessidades básicas sejam atendidas. Este choro é interpretado pela mãe que lhe atribui função comunicativa. Desenvolvendo suas aprendizagens, desde o nascimento através da exploração do ambiente por meio dos sentidos, ouvir sons e vozes é de suma importância para a aprendizagem da linguagem, contanto necessariamente com as funções auditivas normais.
Com o tempo, ele aprenderá a conversar por meio do balbucio, da imitação das vozes que ouve. O balbucio funciona como um “treino” articulatório, onde a criança repete sílabas sem significado. Em função disso, é indispensável e fundamental a participação de um adulto, que converse com a criança e esteja disposto a ouvi-la.
Com dois meses de idade o bebê já distingue a voz humana de outros sons, gosta de escutar a conversa das pessoas, sendo capaz de distinguir a voz materna. A primeira palavra do bebê ocorre entre dez e catorze meses de idade. Aos 18 meses sua fala expressiva possui cerca de dez a vinte palavras concretas. Aos dois anos de idade, a criança poderá estar usando cerca de duzentas palavras.
Aos dois anos e meio, seu vocabulário aumenta muito, sendo capaz de se expressar por sentenças simples. Com três anos, a criança entende a maior parte daquilo que ouve dos adultos, faz uso de novas palavras e sabe fazer uso da linguagem para conseguir o que deseja, conversando por meio de sentenças completas que podem ser entendidas por em até 80% pelo ouvinte.
Aos quatro anos, já é capaz de pronunciar adequadamente os fonemas de sua língua, sua linguagem está completa, devendo ser apenas aprimorada. Importante ressaltar que a criança fala conforme o ambiente em que vive. Aquela que está mais exposta a fala terá seu vocabulário mais rico e seu desenvolvimento será mais rápido. Por isso, o papel da família e da escola é fundamental. A criança aprende pelas suas vivências e o adulto deve estar sempre conversando, transformando em palavras as ações das crianças.
A criança segue sempre o modelo do adulto. Aquelas que vivem em ambientes onde falam corretamente com ela, falarão corretamente mais cedo do que aquelas onde as pessoas imitam o seu falar.
É importante que o ambiente do brincar em que a criança está inserida proporcione um “momento lúdico” que dê prazer na atividade de falar; oportunidades de vivenciar situações de ganho e de perda, muito importantes para a criança com baixa tolerância a frustração, aprendizado de regras sociais, aprimoramento de funções cognitivas e perceptivas como organização espacial e temporal, memória, percepção visual e auditiva, classificação e seriação.



A FONOAUDIOLOGIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL


O trabalho de Fonoaudiologia Escolar na Educação Infantil  faz-se necessário visto sua importância no que se refere aos aspectos preventivos e de encaminhamentos para atendimentos especializados das crianças pequenas que apresentam alguma dificuldade ou distúrbio em linguagem oral, fala, audição e motricidade orofacial. Tal intervenção é indispensável para um pleno e eficaz desenvolvimento, com resultados perceptíveis na escola infantil, na família e com reflexos futuros no Ensino Fundamental (alfabetização e letramento). 
Na escola, o Fonoaudiólogo atua de maneira preventiva por meio de triagens, participação em equipe e de orientação aos professores para que possam detectar possíveis portadores de distúrbios de comunicação em sua sala de aula, além de fornecer informações quanto aos cuidados em relação à voz do professor. 
A experiência mostra que é importante professores e fonoaudiólogos trabalharem em co-parceria, uma vez que o professor, em muitos casos, é o primeiro a suspeitar de possíveis distúrbios da comunicação. Assim, o diagnóstico poderá ser realizado o mais rapidamente possível se todos esses profissionais forem orientados quanto aos aspectos que devem leva-los a encaminhar seus alunos ao fonoaudiólogo. Além disso, os professores podem acompanhar e participar ativamente do processo de reabilitação, colaborando e facilitando o trabalho fonoaudiológico.