segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Completo e essencial ao bebê, leite materno pode salvar vidas

Semana Mundial de Aleitamento Materno começou no domingo e se estende até sábado

A Semana Mundial de Aleitamento Materno, que começou neste domingo e se estende até sábado, serve mais uma vez como alerta às mamães. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a amamentação exclusiva até os seis meses de idade e complementar até os dois anos poderia salvar a vida de 1,5 milhão de crianças anualmente.

Isso ocorre porque o leite materno é seguro e oferece ao bebê todos os nutrientes que precisa para um desenvolvimento saudável, além de conter anticorpos que protegem as crianças de doenças comuns na infância. Para a OMS esse é o alimento ideal para recém-nascidos e crianças pequenas. De acordo com o órgão, a falta de orientação e de apoio por parte de profissionais de saúde é uma das razões que levam mães a interromperem a amamentação poucas semanas após darem à luz.

Uma pesquisa divulgada essa semana pelo Ministério da Saúde comprovou que bebês nascidos nos hospitais Amigo da Criança — onde são seguidas orientações para incentivar a amamentação — são alimentados com leite materno por mais tempo e de forma mais adequada. Atualmente, 335 instituições possuem essa credencial conferida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Este ano, a Semana Mundial de Aleitamento Materno tem como tema essa iniciativa, ressaltando a importância da forma de atuação desses hospitais para o cuidado da saúde das crianças e das mães brasileiras.

Os resultados da pesquisa, realizada pelo Ministério da Saúde em 2008, mostram que o índice de bebês que mamaram na primeira hora de vida foi de 71,9%, nos hospitais Amigo da Criança, enquanto entre as crianças nascidas em outras maternidades a taxa foi de 65,6%. Essa diferença de 6,3% representa cerca de 190 mil crianças que estão sendo beneficiadas a cada ano com essa prática, que além de promover a interação entre mãe e filho, diminui a mortalidade no período neonatal.

Entre os menores de um ano nascidos em um hospital Amigo da Criança, 79,3% haviam sido amamentados no dia anterior ao inquérito. Entre os nascidos em outras maternidades, a taxa foi de 75,8%.

— A diferença parece pouco, mas é muito expressiva, estamos falando aqui de milhares de crianças que foram amamentadas por mais tempo porque suas mães foram sensibilizadas sobre a importância do aleitamento materno e tiveram o apoio da equipe hospitalar para que a amamentação tivesse sucesso — diz a coordenadora de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, Elsa Giugliani.

A pesquisa consultou pais ou responsáveis de mais de 120 mil crianças menores de um ano de 254 municípios, incluindo todas as capitais e o Distrito Federal. As instituições que adotam a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) precisam cumprir os Dez Passos Para o Sucesso da Amamentação, que incluem a capacitação de toda a equipe que presta atendimento integral às mães durante e após o parto. O objetivo da IHAC é criar e manter um ambiente de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno.

Como observa Elsa Giugliani, pesquisas internacionais comprovam a importância do contato pele a pele durante a primeira hora de vida. Segundo ela, a amamentação na primeira hora de vida pode reduzir em até 22% o índice de mortalidade neonatal.

Campanha

Idealizada pela Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno (WABA), ocorre desde 1991 em todo o mundo. Este ano, o tema escolhido para a Semana é a "Iniciativa Hospital Amigo da Criança" e a sua importância para a criança, a mãe, a família e o próprio hospital. Desde 1992, o Ministério da Saúde vem incentivando a implementação da IHAC em todo o País, com o apoio do Unicef. No decorrer de toda a semana serão veiculadas peças publicitárias como spots de rádio, filmes, cartazes e folderes conscientizando a população sobre a importância do aleitamento materno.

Porque o leite materno é tão importante?
O leite materno é considerado um alimento completo, que age como uma “vacina natural” ao proteger o bebê de diferentes doenças. Também melhora a saúde da mãe ao reduzir risco de diabetes e de câncer de mama e ovário. Por isso, especialistas recomendam que a alimentação nos primeiros seis meses de vida seja constituída exclusivamente de leite materno.

Dez passos para se tornar um Hospital Amigo da Criança:
1. Ter uma política de aleitamento materno escrita, que seja rotineiramente transmitida a toda equipe de cuidados de saúde.

2. Capacitar toda a equipe de cuidados da saúde nas práticas necessárias para implementar esta política.

3. Informar todas as gestantes sobre os benefícios e o manejo do aleitamento materno.

4. Ajudar as mães a iniciar o aleitamento materno na primeira meia hora após o nascimento do bebê.

5. Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas dos filhos.

6. Não oferecer a recém-nascidos bebida ou alimento que não seja o leite materno, a não ser que haja indicação médica.

7. Praticar o alojamento conjunto, permitindo que mães e bebês permaneçam juntos 24 horas.

8. Incentivar o aleitamento materno sob livre demanda.

9. Não oferecer bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas.

10. Promover grupos de apoio à amamentação e encaminhar as mães a esses grupos na alta da maternidade.

Fonte: Ministério da Saúde

http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/bem-estar/19,0,2991695,Completo-e-essencial-ao-bebe-leite-materno-pode-salvar-vidas.html

Um comentário:

  1. Olá blogueiro,

    Dê ao seu filho o que há de melhor. Amamente!

    Quando uma mulher fica grávida, ela e todos que estão à sua volta devem se preparar pra oferecer o que há de melhor para o bebê: o leite materno.

    O leite materno é o único alimento que o bebê precisa, até os seis meses. Só depois se deve começar a variar a alimentação.

    A amamentação pode durar até os dois anos ou mais.



    Caso se interesse na divulgação de materiais e informações sobre esse tema, entre em contato com comunicacao@saude.gov.br

    Obrigado pela colaboração!

    Ministério da Saúde

    ResponderExcluir